sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Oi e BrT definem detalhes de fusão



SÃO PAULO - Os controladores da Oi intensificaram "nas últimas horas" as conversas com os donos da BrT.


Até o momento nenhum contrato foi assinado, informou a holding Telemar Participações em fato relevante nesta quinta-feira.


No mesmo comunicado à bolsa, contudo, a holding indica que já houve algum tipo de acerto com a Brasil Telecom.


"Os valores discutidos durante estes entendimentos são meramente indicativos e dependerão, como é natural, da estrutura e configuração do negócio se vier a se concluir, além dos ajustes próprios da dinâmica de negociação desta natureza."


A expectativa com o fim da novela da criação de uma grande operadora de telecomunicações com capital nacional ganhou força esta semana e vem motivando forte procura pelas ações mais líquidas da Oi na Bolsa de Valores de São Paulo. As preferenciais da Tele Norte Leste e da Telemar Norte Leste dispararam.


Uma fusão ou aquisição, porém, depende de vontade política para tal, com alteração do Plano Geral de Outorgas, que proíbe que os mesmos acionistas controlem mais de uma concessionária. A mudança pode ser feita por meio de decreto presidencial.


Há tempos os ministros Hélio Costa (Comunicações) e Dilma Rousseff (Casa Civil) manifestam o desejo de que Oi e Brasil Telecom se juntem, mas nada foi feito para viabilizar a operação no marco regulatório.


Logo após o fechamento do mercado acionário brasileiro na quarta-feira, uma nota da edição online da revista Veja, assinada pelo colunista Lauro Jardim, divulgou que o grupo Oi acertou a compra do controle da Brasil Telecom por quase 5 bilhões de reais.


Com a bolsa de valores de Nova York ainda operando, os American Depositary Receipts da Tele Norte Leste avançaram mais de 10 por cento.


No final da noite, as empresas do grupo de controle da Brasil Telecom --Solpart Participações, Techold Participações, Invitel e Zain Participações-- negaram a venda da empresa para a Oi, mas informaram que têm avaliado "várias alternativas estratégicas para as suas participações societárias".
Reuters

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