quinta-feira, 5 de abril de 2007

Rivais da EMI acompanham resposta ao download sem anticópia

Analistas dizem que gravadoras vão seguir exemplo.
Outros dizem que situação econômica difícil forçou decisão.
A EMI está assumindo um risco ao se tornar a primeira gravadora importante a abandonar o software de combate à pirataria para a venda on-line de sua música, mas as rivais de maior porte talvez estejam em posição melhor para desfrutar das eventuais recompensas.

A indústria da música vem usando os sistemas de administração digital de direitos, ou DRM, como ferramenta básica em sua luta contra o download ilegal, mas os críticos da prática argumentam que ela impõe restrições demais aos consumidores e prejudica os downloads legais de música.

Em resposta, a EMI, que este ano já lançou dois alertas de problemas de lucratividade, anunciou que colocará à venda para download uma versão de seu catálogo com qualidade melhorada de som e sem proteção.

Uma fonte setorial disse que as demais gravadoras devem acompanhar a experiência de perto, mas apontou que a EMI vinha enfrentando problemas devido à falta de álbuns de sucesso, recentemente, o que significa que qualquer potencial benefício talvez seja reduzido.

"É preciso ter sucessos que as pessoas desejem comprar, e depois definir plataformas e se o DRM será ou não usado", segundo a fonte.

No entanto, Mark Mulligan, analista da Jupiter, disse que a decisão muda o jogo completamente, e que sua expectativa é que as demais grandes gravadoras sigam a EMI rapidamente.

"Isso é algo que todas as gravadoras estão tendo de considerar... devido ao estado geral do mercado. Mas a EMI vem sofrendo mais que qualquer concorrente", afirmou.

"Ela não conta com o benefício de uma matriz poderosa, e não tem presença forte nos Estados Unidos. Precisa ser inovadora, e se manter adiante das tendências", acrescentou o analista.

O Warner Music Group afirmou que não vê lógica em abandonar o DRM, mas continua a testar o uso de arquivos sem proteção, o mesmo que vem fazendo a Universal Music, parte do grupo Vivendi.

Sob o primeiro acordo para distribuir essa nova forma de conteúdo, a iTunes, da Apple, venderá faixas da EMI por US$ 1,29, 1,29 euros ou 99 centavos de libra, um pouco acima de seu preço padrão. Os álbuns com qualidade de som melhorada e sem DRM manterão o mesmo preço. Pela Reuters

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